Crônica - Uma manhã maluca

Hoje é dia de depilação a laser, dia de sofrer mais um pouco em nome da ditadura da beleza! Meu horário já estava marcado há um tempão e, se eu perdesse hoje, seria mais um mês esperando. Era hoje ou mais um mês sendo a mulher barbada do circo.

Ou a “bigoduda” como era gentilmente chamada na escola!

O fato é que minha manhã virou uma loucura em questão de minutos!

O que rolou é simples e não tão simples assim; eu estava saindo de casa e tive aquela vontade de fazer o número 2, pois é só você estar atrasada que seu estômago quer tirar um sarro da sua cara. Fui ao banheiro com raiva, mas era perder aqueles minutos ali, ou era cagar nas calças e convenhamos, ninguém quer cagar nas calças!

Após terminar as minhas necessidades, eu fiquei com sede, minha garrafinha estava cheia, peguei e tomei um gole, e depois coloquei em cima da mesa. Agora era só pegar minha bolsa e ir para depilação. Mas aí, como o universo viu que eu estava atrasada, resolveu me atrasar mais. Pois uma desgraça para pobre é pouco, tem que sempre vir em par. A bendita da bolsa estava em cima da mesa e, quando eu a peguei de alguma forma, ela bateu na garrafinha que caiu no chão e quebrou, jorrando água para todos os lados.

Mas lembra que EU ESTAVA ATRASADA?  Pois é, não ia dar tempo de limpar toda aquela bagunça, peguei a garrafinha, joguei em cima da pia, peguei um pano e joguei em cima da água, resolvo tudo quando chegar.

Cheguei na depilação em cima da hora, mas o importante é que consegui chegar! Foi tudo tranquilo e saí de lá com o dever cumprido, mas acabei de chegar em casa e ela está um caos! O pano de chão está aqui ensopado de água, a garrafa jogada em cima da pia e meu cachorro pisou no chão molhado e sujou a casa inteira! E uma nota mental: preciso comprar uma garrafinha nova, e agora acho que agora investirei naquelas de 3 litros da shoope.

E é isso, o dia já começou com grandes emoções e ainda tenho que começar a trabalhar. Amanhã, espero que seja melhor que hoje, e que eu seja uma pessoa menos atrapalhada. Sabemos que é difícil, mas não custa nada sonhar.